domingo, 3 de novembro de 2013

Projetos para a melhoria da cidade e suas implicações




A temática da conservação da cidade se faz muito complexa, uma vez que envolve casos como a questão do lixo, manutenção de monumentos ou enobrecimento do ambiente e a participação do governo e também da população. Os projetos e possíveis soluções destinados a essa manutenção requerem posturas repensadas e a efetiva ação social e política, para que assim haja a verdadeira melhoria da cidade.

Muitos países possuem um mecanismo eficiente de conservação do seu território, e com eles, a verdadeira colaboração populacional. Ações de pichar muros e edificações, cuspir e jogar lixo são providas de punições como multas e representam atitudes antiéticas para a maioria da população. O lixo também gera diversos conflitos acerca não só da população que o produz, mas também do governo que se faz ausente na função da retirada.

Uma cidade saudável é de extrema importância para o desenvolvimento da sociedade, consequentemente, do país. Para isso é necessário haver uma relação harmônica entre o homem e a natureza, principalmente nas grandes cidades, e projetos bem planejados para solucionar problemas ambientais ocasionados.

A conservação da cidade não envolve apenas o problema do lixo e do meio ambiente, mas também as questões sociais no que diz respeito às reformas e manutenções de moradia. Os centros urbanos e suas reformas são de extrema importância para conservar um local, e a assistência aos patrimônios está contida na causa.

As intervenções urbanísticas representam uma faca de dois gumes, ao mesmo tempo em que promove mudanças e possíveis melhoras no espaço, estas revelam às vezes o enobrecimento do ambiente e muitas vezes a restrição à cidadania. 

Vale ressaltar que a educação e o bom senso do cidadão são requisitos indispensáveis no mantimento de uma cidade conservada. Segundo Aristóteles (384-322 a.C.), é a educação que desenvolve a segurança e a saúde do Estado, tendo por fim a cidade perfeita e o cidadão feliz. O homem, por ser levado a viver em sociedade, deve abdicar e adotar certas posturas para pensar no bem comum, e assim beneficiar à todos da cidade em que vive, incluindo principalmente sua efetiva participação na política, mesmo que no âmbito de reivindicação, pois está intimamente ligado ao exercício da cidadania, como pensava o filósofo.

Para se planejar uma intervenção e atuar nela é necessário pensar que com a mudança do espaço, tem-se como consequência as relações materiais e culturais da cidade modificadas, o que muitas vezes gera conflitos. Alterar o espaço das pessoas sem estabelecer uma melhora para elas muito menos sequer outro local para a sua habitação é no mínimo crítico, e as questões e problemáticas surgem cada vez mais.


Camila Santos

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