Com o sedentarismo, congestionamento das vias, ou melhor, a imobilidade urbana, subtema já tratado dentro desse vasto título “Conservação da Cidade de Salvador”, a prefeitura, em parceria com o banco Itaú e a empresa Sertell, lançaram um projeto cujo principal foco é os cidadãos e a mobilidade urbana, tanto em suas vias quanto nos espaços turísticos da cidade.
O projeto “Salvador vai de Bike”, já aceito pela maioria da população e que está sendo testado, conseguiu, no último dia três desse mês, mais quatorze novas centrais de bicicletas nos mais variados pontos da cidade, aderindo não só ao espaço “central” da urbe, mas dando a possibilidade de outros indivíduos, que não tem a facilidade de estarem presentes nesses pontos, inscreverem-se no projeto.
Na simples iniciativa de um movimento desses, que visa o próprio lazer do soteropolitano, pode-se, como dito no artigo dos autores Andreilcy Alvino-Borba, Abel Mata-Lima, Herlander Mata-Lima, dois deles professores e um pesquisador, não só o simples “praticar”, mas, com métodos como este, dar-se-á uma resposta (pois haverá mais pessoas andando de bicicletas por aí e a possibilidade de congestionamentos de carros será menor, além da própria ação sustentável tratada no artigo atingir a sua efetivação) ao que está errado na metrópole e, com isso, acaba-se refletindo sobre o tema e resolvendo conflitos urbanos.
Assim, a proposta do projeto “Salvador Vai de Bike” não se tornou só valida e não se tornará só efetiva, não cuidará só do ambiente ligado à mobilidade da cidade, mas trará benefícios desde a vida pública do cidadão à vida particular, criando, assim, um relacionamento fortalecido entre o que é externo ao indivíduo, mas que continua fazendo parte do mesmo, e o que é interno a ele.
Caroline Della Cella
Conservação Da Cidade De Salvador
sábado, 23 de novembro de 2013
Sustentabilidade
Ana Beatriz Miraglia e Rui Sérgio Murrieta, em "Preservação e desenvolvimento", encontrada no site de plataformas cientificas Scielo, fazem uma critica ao livro "Terras Indígenas e Unidades de Conservação da natureza" de Fany Ricardo e Valéria Macedo, mencionando o desenvolvimento sustentável. Mas o que é desenvolvimento sustentável ?
Esse termo foi utilizado pela primeira vez em 1983, na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pela ONU. Desenvolvimento sustentável envolve o desenvolvimento social, econômico e o respeito aos recursos naturais. É quando há o crescimento econômico necessário, garantindo a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento social para a geração atual e para geração futura.
Com o avanço das cidades, principalmente apos a I Revolução Industrial, o homem vem esquecendo da natureza, preocupando-se só com o crescimento econômico, sem respeitar, sem conservar a natureza. O homem esta usando muito mais os recursos naturais do que a natureza consegue repor. Se esse ritmo continuar, em pouco tempo não haverá água nem energia suficiente para atender às necessidades do próprio homem.
Para que haja esse desenvolvimento, tem que haver a harmonização entre o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental. É preciso que o homem reconheça que os recursos naturais são finitos, e a partir daí, trace um novo modelo de desenvolvimento econômico para a humanidade. É fundamental que tenha mudanças nos padrões de consumo e conscientização da sociedade.
Mudar a forma de consumir seria um otimo caminho. Optar pelo consumo de bens produzidos com materiais menos ofensivos ao meio ambiente, evitar o desperdício, após o consumo cuidar para que os eventuais resíduos não provoquem degradação ao ambiente. A utilização dos três erres "redução, reutilização e reciclagem" é um bom começo. Em Salvador a quantidade de lixo recolhida em um dia é enorme, e de acordo com a Limpurb, apenas 5% do lixo são reciclados, sendo o ideal seria 15%. Ainda estamos longe da sustentabilidade.
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Novas alternativas de Mobilidade Urbana
A crise da mobilidade urbana requer a orquestração
e a continuidade de uma série de iniciativas que integram os diversos agentes
públicos e privados. São traçadas diretrizes que envolvem a combinação das
políticas de uso do solo, transporte e trânsito que devem compor a proposta de
um modelo sistêmico em uma abordagem profunda que inclua as questões de oferta
de infra-estrutura, distribuição nacional de viagens e monitoramento eletrônico
do trânsito. E aí a cultura preventiva deve prevalecer em relação à corretiva.
As questões de fluidez devem ter importância secundária em relação às de
segurança no trânsito. Esta se resume na identificação e no gerenciamento de
riscos envolvendo o fator humano, o meio ambiente, a via pública e o veículo.
[ Extraido da plataforma Scielo. Disponivel em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-88392001000100007&lng=pt&nrm=iso>.
acessos em 22 nov. 2013. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-88392001000100007.]
Visando facilitar a mobilidade urbana e a vida
dos baianos que precisam trafegar entre o porto e a BR-324, o governo do estado
inaugurou no inicio desse mês a Via Expressa, criando uma nova alternativa para
os motoristas.
O conjunto de faixas, elevados e túneis é apontado
pelo governo como a maior obra viária de Salvador nos últimos 30 anos, após
quatro anos de obras e de R$ 480 milhões investidos. Os 4,3 quilômetros da
Via Expressa Baia de Todos os Santos, causarão impacto em áreas como Cabula,
Retiro, Cidade Baixa e Avenida ACM, além de todos os bairros que margeiam a
BR-324.
Atualmente, de acordo com a Transalvador,
trafegam 2.030 veículos de carga diariamente na Avenida Bonocô, entre a Fonte
Nova e o Iguatemi. Pela Via Expressa, os caminhões poderão trafegar durante
todo o dia, sem restrições de horário. Mas a via não servirá apenas para
caminhões. Das dez faixas de rolamento, quatro serão para veículos de carga e
seis para tráfego urbano.
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
Intervenção Urbanística e a Restrição à Cidadania
A partir
dos anos 50 inicia-se um processo de fluxos de mercadorias, investimentos
financeiros e informações, deixando predominar a competição e fortalecendo a
atração de capitais que circulam pelo mundo. Essa situação interfere também na
gestão das cidades, a qual está havendo uma mudança de gerenciamento para
empresariamento na administração destas, ou seja, uma parceria entre as esferas
pública e privada. Há a utilização do poder público para atrair investimentos
externos e até gerenciamentos de emprego.
Para a conquista de investimentos é necessário uma boa imagem da cidade a qual o investimento se destinará, o que se chama de city marketing, a fim de promover a cidade e seu planejamento urbano. O suposto objetivo é de resgatar a integração das pessoas com a sua cidade com conforto, segurança, adaptações na calçada, iluminação entre outros aspectos. Porém, ao mudar o espaço, mudam-se também as relações materiais e culturais de uma cidade. A partir daí observa-se que ao reordenar os espaços um novo condicionamento do "ir e vir" é criado. Com isso, agrega-se o fator da inibição do uso público do espaço, que mesmo com repressão policial ou não, passam a ideia do local como um espaço seletivo, gerando assim, um contraste social.
O artigo que faz menção a esse fato é o "Projeto Rio Cidade: Intervenção Urbanística, Planejamento Urbano e Restrição à Cidadania na Cidade do Rio de Janeiro", de Márcio Piñon de Oliveira. O texto pode ser encontrado no site de plataformas científicas Scielo e aborda sobre projetos que oferecem bens e serviços à todos, e até melhorias em bairros mais humildes, mas com a verdadeira intenção de maquiar a realidade, atrair o olhar estrangeiro e acabam, por fim, excluindo uma grande parcela da população, seja impedindo acesso ou até mesmo retirando seus ambientes de trabalho, no pretexto de reforma, sem reparação.
Cabe ao cidadão se questionar se é esse tipo de intervenção que move a cidade para um patamar melhor, se essas reformas realmente são em nome de um bem maior que é a coletividade. O que se pode observar é uma verdadeira desigualdade e, nesse contexto de reforma, o asseguramento de contrastes e imposição de novos locais e restrições.
Camila Santos
Camila Santos
domingo, 17 de novembro de 2013
O Uso Impróprio de Determinadas Praias
Um outro problema da cidade de Salvador, fruto da falta de consciência dos cidadãos e da efetivação dos projetos de revitalização por parte do governo em certas áreas e o descaso em outras de pequeno porte, além dos efeitos do lixo, é a impropriedade de uso de determinadas praias. A este fato, podemos citar os seguintes bairros: Costa Azul, Rio Vermelho, Boca do Rio, Pituba, dentre outros.
Tal abordagem encontra total clareza e fundamentação no artigo "Diagnóstico ambiental e avaliação da capacidade de suporte das praias do bairro de Itapuã, Salvador, Bahia" ( localizado na plataforma científica Scielo). Este, evoca a superlotação das praias e a intolerância do indivíduo em preservar o meio que perpassa como um dos motivos que leva a deteriorização da mesma, acarretando problemas estruturais (falta de saneamento básico, poluição e a supressão da própria vegetação ali existente).
Em Itapuã, constatou-se a a ocorrência de fenômenos erosivos, esgoto, declínios, afloramento rochoso, como também, a presença de resíduos,algas espalhadas pela região costeira e desestruturação das barracas. O que acaba comprometendo atividades como o uso da pesca e opção de lazer.
É lamentável situações como esta, na qual grandes centros atrativos da cidade são afetados por atitudes não pensadas pelo homem, que age de forma impulsiva, ao degradar o próprio ambiente em que utiliza, O fato é que, os atos de hoje irão refletir em um futuro não tao distante.
Segundo uma pesquisa realizada pelo Inema (Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos), deve-ser ter atenção à estas localidades pela contaminação das águas provenientes dos córregos e pela própria ausência de segurança. O orgão, também, atenta para o banho de mar em períodos de chuva ou de maré agitada.
Ao governo é cabível a práticas de determinadas funções no ambiente social (progresso da cidade, justiça). Claro, entretanto, como haverá harmonização na eficácia da execução de determinadas ações administradas por um grupo de pessoas se o indivíduo atua de forma instantânea, não visualizando as possíveis consequências?
Diante da concepção de Weber, que centraliza suas análises nas condutas individuais bem como suas ações, para posteriormente compreender o meio social, podemos concluir que ,inicialmente, deve haver uma mudança na maneira de pensar do homem, em si, juntamente com a ponderação dos essenciais valores da sociedade para depois investigar o ser junto aos outros indivíduos. Dessa forma, haverá progresso!
Ana Luiza Quintela
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
Imobilidade Urbana
O ato de se locomover na nossa capital vem sendo cada dia mais uma tarefa árdua independentemente do meio de transporte utilizado ou do seu destino. Os engarrafamentos a qualquer horário do dia, a falta de sinalização, o desrespeito no trânsito por ambas as partes e a longa espera para quem depende do transporte público são evidencias que não nos deixa mentir ao declarar uma total imobilidade urbana instaurada aqui em Salvador.
Para quem anda de ônibus, a dor de cabeça ao sair de casa é ainda maior, já que eles demoram a passar, estão quase sempre lotados e em péssimo estado de conservação. "No Engenho Velho de Brotas, só tem dois ônibus para ir para a Barroquinha, só andam quebrando e não passam no horário", reclamam moradores desse bairro de Salvador, por exemplo. A desordem e a ineficácia das linhas e roteiros de ônibus também são alvo das reclamações dos passageiros, que, por sua vez se atrasam em seus compromissos.
O caos se instaura também devido a própria integridade física e psicológica de quem pretende se locomover, uma vez que é cada vez mais utópica a segurança ao aguardar o transporte, chegar até o transporte ou durante o percurso, seja ele de ônibus, de carro, moto, a pé...
Mas a grande parcela de culpa dessa imobilidade urbana é exatamente o cidadão, no caso os soteropolitanos, que tornam o trânsito uma verdadeira zona de conflitos. É o motorista de carro atravessando o sinal vermelho, os pedestres atravessando fora da faixa, o taxista fazendo curvas sem sinalizar, o motorista de ônibus utilizando outras vias, motociclista andando no "corredor", e por aí vai...
Não podemos deixar de ressalvar a falta de educação e o descaso com os deficientes e os idosos principalmente dentro dos ônibus onde os outros passageiros vêem a prioridade destas pessoas e mesmo assim não cedem o lugar devido.
Se faz extremamente importante a contribuição do povo para que o trânsito flua bem, ou que, pelo menos, seja menos desgastante para quem precisa transitar. Platão já alertava "Tente mover o mundo - o primeiro passo será mover a si mesmo"; a mudança primeira que se faz necessária para uma melhora nos transportes ou em qualquer âmbito do mundo urbano, começa dentro de cada um, agindo de forma ética e cidadã, como já citado anteriormente.
Salvador e o Lixo: Coleta Seletiva
Um fator
primordial para o sucesso da reciclagem é a coleta seletiva, porém este meio
ainda é muito precário e ineficiente na cidade de Salvador, onde em certas
áreas da cidade a coleta seletiva não existe, forçando os
moradores deixar o seu lixo na rua, poluindo a visão da cidade, as ruas e o
meio ambiente.
Atualmente a utilização de
sacolas plásticas e materiais descartáveis tem sido abundantes, e isso se
tornou comum nas metrópoles, uma vez que existe a valorização da praticidade e
facilidade dos produtos descartáveis, e isso aumenta a quantidade de resíduos.
Produzem-se cada vez mais mercadorias que tem uma pouca duração de tempo, então
o lixo acumula-se de uma maneira descontrolada.
Apesar da reciclagem e da
coleta seletiva serem extremamente precárias na capital baiana, existe também o
fato da população não respeitar o próprio local de vivência, jogando o lixo nas ruas, avenidadas e no meio ambiente. Estas ações que vemos frequentemente na cidade de Salvador mostram que a
população não esta educada a tratar do lixo de forma adequada, além da falta de conservação,
respeito e cuidado com o meio que residem e trabalho, dificultando a ação dos catadores de lixo.
Porém, o problema da coleta seletiva e dos catadores de lixo não acontece apenas em Salvador, e sim em todo o Brasil. Nós, brasileiros, não temos o habito de separar o nosso lixo, porém, devemos estar mais atentos e nos reeducarmos em relação ao lixo, para então facilitarmos o trabalho dos catadores e colaborarmos com a reciclagem.
Segundo o Site de plataformas científicas Scielo, o artigo de Erika Hisatugo e Oswaldo Marçal Júnior "Coleta seletiva e reciclagem como instrumentos
para conservação ambiental: um estudo de caso em Uberlândia, MG.", mostra que, a cidade de Uberlândia em Minas Gerais estava passando pelo mesmo problema. Uberlandia não possuia um programa de coleta seletiva, levando a cidade a ser um dos 25 "hot spots" definidas com base na existência de espécies endêmicas e no grau de
ameaça ambiental. A partir de 2002 foi criada uma cooperativa, a Associação dos Catadores de Papelão e
Materiais Recicláveis de Uberlândia ASCAPEL, que passou a congregar vários
catadores locais, melhorando bastante a situação da cidade.
Fernanda Portnoi
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